Inicial > Entrevistas > “Nada pode preencher a falta que sinto da minha mãe”, diz Maria Rita

“Nada pode preencher a falta que sinto da minha mãe”, diz Maria Rita

Fonte: O Globo / Foto: Vicente de Paulo

Maria Rita sempre quis cair no samba, mas tinha uma certa insegurança. “Até que um belo dia, a Mart’nália me pegou pela mão e me chamou para cantar ‘Cara valente’ num show dela”, diz a cantora, que acaba de lançar mais um trabalho dedicado ao ritmo, uma edição especial do CD “Coração a batucar”.
“A paixão sempre existiu, desde criança. Mas era algo quase intocável. O Arlindo Cruz também me deu uma bronquinha: ‘Para de respeitar tanto o samba!’”, relembra , às gargalhadas.
Aos doze anos de carreira, Maria — é assim que ela prefere ser chamada, só a família a trata como Rita — sabe bem o quanto caminhou para chegar até aqui. “Me lançar cantora interpretando músicas da minha mãe seria um caminho fácil, quase uma sacanagem. Com ela e comigo”, analisa. Por isso, só em 2012 Maria Rita topou revisitar o repertório de Elis.
“A falta da minha mãe é uma gaveta que carrego. Está vazia, e nada pode preenchê-la. Às vezes, sangra, dói”, confessa a cantora, que está passando a limpo a trajetória de Elis por causa da biografia “Nada será como antes”, que vai ser lançada hoje, na livraria Bossa Nova e Companhia, no Beco das Garrafas.
“Eu a autorizei sem ler porque conheço a seriedade do autor”, diz ela, que é radicalmente contra as biografias não autorizadas. “Não é qualquer Zé da esquina que vai escrever sobre mim e a minha família. É preciso ter muita confiança”.

  1. Nenhum comentário ainda.
  1. No trackbacks yet.

Deixe um comentário