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NIVEA Viva Elis em BH: Viver é melhor que sonhar…

Por Jéssica Rodrigues (Colaboradora)

Fui apresentada às músicas de Elis por minha avó ainda quando menina e, esta semana, presenciei a maior homenagem feita à maior cantora que nosso país já teve e arrisco dizer, que terá. Sempre tive apego às canções e interpretações de Elis. Acho que muito pelas memórias que me trazem. Hoje, após o que (ou)vi, percebo que fora simples egoísmo meu. Quanto mais difundida uma arte de forma pura e honesta, mais bonita ela se torna.

Fui para ver Maria Rita cantar pura e simplesmente em homenagem à mãe, e fui surpreendida por algo muito maior. Vi um céu azul e limpo – num dia previsto de chuva, vi o horizonte mais bonito do alto da montanha, vi cerca de 30 pessoas esperarem por 7 horas sussurrando incansavelmente as canções, vi mais de 9 mil unidas por uma só voz e vi uma pessoa linda, serena, iluminada, segura e em paz em cima do palco. Uma princesa angelical com olhos d’água. Um ser em sua plenitude, o que faz tudo soar natural e sincero.

Os olhos da cantora e do público voltados para o céu tornam o show um misto de música, prece e gratidão.

A frase de Elis logo na primeira música – ” Precisamos cantar o que é nosso!” soa como um grito de guerra, uma convocação em defesa de sua obra e memória. Todos aceitam! As armas? Bolinhas de sabão que carregam toda energia positiva, fé, força e memórias sopradas levemente por cada um para a cantora como forma de ampara-lá nessa difícil missão e depois tomam o céu ecoando a música e embelezando ainda mais o espetáculo com o colorido de seus reflexos. Nada mais simples e puro. Se é uma emoção imensurável para nós espectadores, imaginem para a filha que, assim como muitos de nós, conheceu sua mãe por entrevistas, histórias e principalmente pela música. Elo que une Maria Rita à Elis e nos une às duas.

A platéia se divide ao longo do show em participar ativamente, cantando, vibrando e empolgando e em outros momentos, a serem meros espectadores, silenciando para contemplar as obras como sinal de devoção, tamanha a genialidade e emoção. Algumas vezes ouvi minha avó dizer que esse mundo era pequeno demais para Elis. Hoje entendo. Elis transcende gerações, lugares, ocasiões. Elis está nos céus, na casa, na memória e no coração de todo brasileiro. Seu 1,50m era apenas disfarce para a sua grandeza.

Os pais desejam tantas coisas aos filhos… Elis foi tão singela e objetiva ao desejar que Maria Rita fosse leve. Algo tão abstrato. Mas Elis, inteligente como sempre, sabia o que estava dizendo e fomos testemunhas ao vivo disto – a leveza de sua filha naquele palco é algo inexplicável. Singelo. E valeu muito mais que tantas outras coisas que desejamos. É Elis… O quanto você ainda tem para nos ensinar!

Digo, sem resquícios de dúvidas, que este foi não só o melhor show que (vi)vi, mas o que – de fato – me transformou de alguma maneira. E posso dizer que transformou à Maria Rita, assim como todos àqueles que estavam presentes. Impossível sair sem a sensação plena de felicidade por ter presenciado, ao menos 1 vez na vida, algo indescritível a ser contado aos filhos naquele almoço de domingo com a família, ou numa simples tarde com os netos.

Obrigada Elis pela genialidade e sensibilidade da obra! Obrigada Maria Rita pela sinceridade e generosidade de compartilhar este momento!

Quando as estradas se encontram, o caminho fica mais bonito.

Ame o passado, mas nunca esqueça de abrir os olhos para presenciar o novo!

Jéssica Rodrigues  @_jerodrigues
25 anos

  1. Aira Antunes
    16 de abril de 2012 às 2:02 am

    QUE COISA MAIS LINDA GENTE!!!! APLAUSOS !!!

  2. 17 de abril de 2012 às 11:46 pm

    Muito bom seu texto, volta e meia me peguei emocionada.

  3. Alessandra
    17 de abril de 2012 às 11:54 pm

    Lindo! Jéssica é exatamente isso que é Elis e Maria, exatamente!

  4. acamilacamargo
    18 de abril de 2012 às 2:25 am

    Sem mais…

  5. Manoel
    19 de abril de 2012 às 2:25 pm

    Parabéns pelo seu comentario perfeito essa é a alma da homenagem a Elis.

  1. 21 de maio de 2012 às 9:10 pm
  2. 22 de maio de 2012 às 2:18 am

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